EDUCAÇÃO brasileira


EDUCAÇÃO brasileira segue crescendo, mas continua atrás no estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

Paris, 7 dez (EFE). Os estudantes de Xangai, na China, conseguiram os melhores resultados no último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), enquanto o Brasil, apesar de melhorar em comparação com o último levantamento, segue entre os piores colocados no ranking de ensino internacional.Conforme os dados publicados nesta terça-feira, o Brasil está na 53ª colocação entre os 65 países pesquisados no estudo elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).Atrás de países como Bulgária, Romênia e os latino-americanos México, Chile e Uruguai, o Brasil alcançou média geral de 401 pontos. O país, no entanto, ficou à frente de Colômbia, Argentina, Kazaquistão, Tunísia, Indonésia, Albânia, Catar, Azerbaijão, Panamá, Peru e Quirguistão.Depois de Xangai, os alunos de 15 anos da Coreia do Sul e da Finlândia alcançaram as classificações mais elevadas.Finlandeses e sul-coreanos ficaram notavelmente acima da média dos 33 países desta organização do mundo desenvolvido que destaca especialmente os casos dos chineses que ficaram no topo pela capacidade de seus estudantes.Neste relatório - que é realizado pela quarta vez desde 2000 - os melhores colocados são os estudantes de Xangai, cujos resultados estão acima da média tanto em compreensão de leitura quanto em matemática e ciências.Em compreensão de leitura os estudantes de Xangai alcançaram 556 pontos, na frente dos 539 dos sul-coreanos e dos 536 dos finlandeses; a estes seguiram os estudantes de Hong Kong, antiga colônia britânica e atualmente cidade chinesa que leva vantagem sobre Cingapura (526) e Canadá (que alcançou 524 pontos).Os países da OCDE fizeram em média 494 pontos em compreensão de leitura, que é nesta edição do relatório a capacidade que indica se os estudantes estão preparados "para enfrentar os desafios do futuro".Os alunos de Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, países escandinavos e Portugal estão próximos da média, enquanto a Espanha obteve nesta edição 481 pontos, um avanço comparado aos 461 pontos que obteve em compreensão de leitura no relatório elaborado em 2006 (quando a média OCDE foi de 500 pontos).A OCDE destacou o caso do México, onde a pontuação em compreensão de leitura foi de 425 - maior que em relação ao relatório anterior.Deste modo, o relatório Pisa revela que, dentro da OCDE, a distância que separa o país melhor situado do pior equivale a dois anos letivos; se estende a comparação entre o território com melhores resultados (Xangai) e o pior (Quirguistão) a diferença é de seis anos de escolarização.Nesta avaliação se repetiu quase a mesma lista de países e territórios mencionados na compreensão de leitura: em matemática os melhor situados foram, pela ordem, Coreia do Sul, Xangai, Cingapura, Hong Kong e Finlândia.Na área de ciências, a maior pontuação foi para Xangai, Finlândia, Hong Kong, Cingapura e Japão.Na explicação dos resultados, a OCDE identificou que as meninas alcançaram em todos os casos melhores desempenhos na média em compreensão de leitura do que os meninos e que nesta área foram detectadas as maiores diferenças por sexo.Em conhecimentos científicos, eles conseguiram, na média, pontuações maiores que as das meninas e a OCDE constatou que em conhecimentos de matemática os resultados foram semelhantes se for levado em conta a distribuição por sexos entre os países com melhores classificações.Outra conclusão do relatório é que a menor prosperidade econômica em alguns casos não impede bons resultados em países e territórios "mais pobres": é o caso de Xangai, cujo Produto Interno Bruto (PIB) por habitante é inferior à média da OCDE e, no entanto, ficou no topo do ranking.A organização destacou que a Coreia do Sul, com PIB por habitante inferior à média da OCDE, se situou muito à frente de outros países "mais ricos".Neste relatório foram avaliados 470 mil alunos que fizeram provas em 2009, aos quais se somaram outros 50 mil em 2010, o que faz com que representem no total cerca de 28 milhões de estudantes.Pela primeira vez, o relatório levou em conta as capacidades dos estudantes de ler, compreender e utilizar os textos digitais e cada estudante teve de dedicar duas horas para preencher os questionários.Os organizadores anteciparam que a próxima edição do relatório Pisa (em 2012) voltará a considerar matemática como a área de principal atenção e que em 2015 as ciências serão a matéria com maior peso na avaliação.Adiantaram também que nos relatórios futuros serão testadas as capacidades dos estudantes de ler e entender textos em formato digital, assim como na resolução de problemas apresentados digitalmente, devido à importância crescente da tecnologia da informação.



 

De Olho no Enem

VEJA DICAS QUE PODEM FAZER A DIFERENÇA DURANTE UMA PROVA
ANTES

Para evitar problemas, adote dicas simples que podem fazer a diferença quem ve no exame uma chance, muitas vezes única, de ENTRAR na Universidade. Os Cuidados,  começam os antes MESMO de sair de casa. "Um dia antes da Prova aproveite para descansar". Descansar MESMO.
"Nao beba no dia anterior, nao chegue tarde em casa, cuide da alimentação e fique Longe dos Livros". "Nao adianta estudar no dia anterior à Prova". Estudante DEVE equilibrar o LAZER, SONO e ALIMENTAÇÃO antes do EXAME.

NÃO OLHE PARA OS LADOS

De nada adianta de Todos os cuidados adotados pante da Prova se, durante o exame, o estudante nao mantiver uma calma. "Chegue 40 minutos antes da prova se familiarizar com o espaço e  tente fazer exercício de respiração, e  mandar embora URUBUZACA ".

DURANTE

Durante uma prova, fique atento aos  ENUNCIADOS das Questões: ele podem TRAZER uma Resposta. "Esqueça um poucoas fórmulas e leia com atenção". Se mesmo com toda atenção do Mundo, a pergunta não ficar claro, nao perca tempo, pule a questão,  e volte nela depois".
No Enem, assim como praticamente em todos os grandes vestibulares, o  TEMPO é um ponto fundamental. "E muitos erros ocorrem devido à distração". Além de controlar o TEMPO, o aluno precisa ter em mente que aquele TEMPO é dele, e DEVE ser USADO. "Cada um tem o seu TEMPO, então, nao adianta ficar nervoso se alguém sair antes de você". Em resumo: foque na prova e não olhe para os LADOS.

REDAÇÃO

A Redação é sempre um problema para muitos vestibulandos. No Enem, ELA É dada no segundo dia de prova. Começar antes de resolver as questões ou deixa-la por último FICA critério do Estudante. "Essa, ESCOLHA vai depender do ritmo do aluno". "De repente, comecar pelas questões pode despertar NOVAS IDÉIAS para o texto". Acredito que os enunciados  podem acabar ajudando na produção do Texto. "Dependendo do grau de nervosismo, é melhor começar resolvendo as questões, mesmo porque elas  podem dar repertório para redação", acredito. Na dúvida, ao menos leia o tema da redação primeiro.

"Estudar nao e um ato de consumir idéias, mas sim de recria-las." (Paulo Freire)  

Bom Enem a todos!!!
Abraço
Professor Fabiano

Projeto: CICLO DE LEITURA - Um DESAFIO de LER e COMPREENDER

ENXERGUE O MUNDO DIFERENTE 
"LIVROS NÃO PODEM MUDAR O MUNDO". LIVROS MUDAM AS PESSOAS: AS PESSOAS PODEM MUDAR O MUNDO.
No Brasil, um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever. Uma vergonha que encobre outras realidades não tão evidentes, mas igualmente dramáticas. Como o fato de que dois terços da população entre 15 e 64 anos é incapaz de entender textos longos, localizar informações específicas, sintetizar a ideia principal ou comparar dois escritos. O problema não é reflexo apenas de baixa escolarização: segundo dados do Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, mesmo considerando a faixa de pessoas que cursaram de 5ª a 8ª série, apenas um quarto delas é plenamente alfabetizado. A conclusão é que, na escola, os alunos aprendem a ler - mas não compreendem o que leem.

É preciso virar esse jogo. Num mundo como o atual, em que os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social. Nós professores temos um papel fundamental nessa tarefa. Independentemente de seu campo de atuação, podemos ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de texto, incentivando-os a explorar cada um deles. Podemos ensiná-los a fazer anotações, resumos, comentários, facilitando a tarefa da interpretação. Enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas.
O primeiro passo é firmar um compromisso: ensinar a ler é tarefa de todas as disciplinas, não apenas de Língua Portuguesa.
Estou falando da importância de apostar no confronto de opiniões – desde que, é claro, a comparação ajude a moçada a entender melhor o processo em questão. Digamos que a tarefa seja analisar fatores que levaram à Independência do Brasil. “Nesse caso, a leitura de um texto que ressalta o papel de dom Pedro I e de outro defendendo que a elite dominava o imperador na época ajuda a construir um cenário que promove um aprendizado mais significativo. Desse modo, a Independência não é contada só como uma seqüência cronológica de fatos”.

Em outras situações, a diversidade de fontes pode funcionar como uma ponte entre o ontem e o hoje, aproximando o conteúdo da vida do aluno e facilitando o entendimento das transformações ao longo do tempo.
 Ao ensinar sobre a importância do rio Nilo na formação da civilização egípcia, o professor Davi Costa Duarte propôs à turma da 5ª série da EMEF, na capital paulista, uma pesquisa sobre o rio Tietê e seus diversos usos, do abastecimento de água no início do século passado à degradação atual. “O trabalho evitou que a minha aula ficasse restrita a localizar o rio Nilo no mapa. Em vez disso, pela comparação com a realidade, a turma percebeu a relevância de um rio na vida de qualquer grupo social”, argumenta.

No que diz respeito à leitura propriamente dita, em HISTÓRIA vale também a receita indispensável de levantar previamente hipóteses sobre o que deverá ser lido ou interpretado e a análise de indícios que possam situar o texto. Na disciplina, ganha especial importância saber quem é o autor e qual o tema principal de um documento. Se antes de ter contato com um material sobre preconceito racial já se sabe que o autor é negro e conhecido por sua participação em movimentos sociais, a leitura dele será feita de maneira mais crítica. Também é importante localizar a época e o local de produção e, no caso de textos opinativos, as principais teses defendidas pelo autor.

As aulas de História já foram reduzidas à memorização de datas e acontecimentos passados. Uma outra abordagem torna a disciplina mais dinâmica. Considero que a questão social atua na aprendizagem e fornece noções essenciais do pensamento histórico, como a de temporalidade: de que forma se dá a organização dos fatos, a divisão entre passado, presente e futuro e a simultaneidade de eventos. “Para os que estão nas séries iniciais, o passado é uma coisa só. Tudo é antigamente”, diz Daniel Vieira Helene, formador de professores. As dificuldades aparecem quando os pequenos lidam com textos históricos. Eles não tomam as datas como indicação temporal, e sim a apresentação dos fatos no texto: o que vem antes ocorreu antes.